Os Vinhos
Divido os vinhos tranquilos – popularmente designados por vinhos de mesa – de acordo com a frequência de momentos de consumo que o seu preço, reflexo (relativamente proporcional) da qualidade e da quantidade produzida, permite. Todos os anos, durante os meses de Maio e Junho, provo, com a metodologia de prova cega, mais de 1500 vinhos que partilham entre si duas características: o seu preço de prateleira estar balizado entre 2 e 10 euros e se encontrarem em comercialização na moderna distribuição, prontos para entrar num carrinho de compras; a selecção das melhores classificações é editada em livro. Entretanto, durante o mês de Outubro provo, também em prova cega, cerca de 800 vinhos que a imensa maioria da produção nacional considera como as suas propostas de nível superior: os topos de gama. É também com base nos resultados (que serão publicados, durante o período de Natal, em formato electrónico neste meu site) que justifico as nomeações para os melhores vinhos e os melhores produtores de Vinhos de Calendário, ou seja, néctares que, devido à sua exclusividade e preço, merecem a escolha do consumidor de forma espaçada no calendário, muitas vezes como testemunhas de boas celebrações.
VINHO DE CALENDÁRIO
FONTE DO OURO GRANDE RESERVA
DOC Dão, Tinto, 2018, 93 Pts.
Tinta Roriz e Jaen. Granada intenso com tons carmim. Cheesecake de fruto vermelho, fumos de terra e tosta, peitorais de caruma e esteva. Violeta presente. Cremosidade de texturas em pleno polimento, acidez salivante de longa guarda, vinho rico de mesa rica.
SOCIEDADE AGRÍCOLA BOAS QUINTAS
TOP 50 DO NOVO GUIA COPO & ALMA “Melhores 362 Vinhos Portugueses 2024”
VINHO DIÁRIO
ROBOREDO, PREMIUM
DOC Douro, Branco, 2022, 92 Pts.
Lote com Viosinho. Amarelo citrino médio. Tropicalidade, botão floral, mentas gratas, casca cítrica, fumos de terra e tosta. Nota frisante e fresca em boca longa e lavante, vinho aclamado à mesa.
RUI ROBOREDO MADEIRA VINHOS
DESTAQUE NO NOVO GUIA POPULAR DE VINHOS 2025. À VENDA NAS LIVRARIAS.
W AWARDS 2024
Começo a contagem decrescente para os prémios W de 2024 que serão revelados em Janeiro do próximo ano. Celebro, com a premiação de todos os elos da fileira nacional do vinho, mais um ano de contacto com os meus W-amigos, através de www.w-anibal.com e do blog.w-anibal.com. E que ano! O formato da newsletter semanal dedicada ao vinho e a outros líquidos alimentares com história, emoção, procura e interesse social, foi muito bem acolhido pelos internautas – mais de 30.000 – a quem envio o meu sincero agradecimento. saiba mais
NOVO GUIA POPULAR DE VINHOS 2025
(POR ANÍBAL JOSÉ COUTINHO)
[…] Reserve um espaço no carrinho de compras do seu supermercado de eleição e, com a ajuda do Guia Popular de Vinhos — o único guia de vinhos assinado a dobrar a sétima vaga — escolha e prove bons vinhos, de norte a sul de Portugal, país rico em cores, aromas e sabores no estado líquido.
Neste ano guerreiro e desafiante, a toda a fileira do vinho nacional, presto a minha homenagem à resiliência, à dedicação, à sagacidade e inteligência dos seus milhares de representantes, homens e mulheres que amam os seus vinhos e vinhedos, honrando os antepassados e a nossa história coletiva […]
COOPERATIVA AGRÍCOLA SANTO ISIDRO DE PEGÕES. Foi o grande proprietário rural e industrial de cerveja José Rovisco Pais quem doou as suas herdades de Pegões aos Hospitais Civis de Lisboa. Nelas viria a ser executado o maior projecto de Colonização Interna com a fixação de centenas de casais agrícolas e a plantação de 830 hectares de vinha. A Cooperativa Agrícola constituída por Alvará de 7 de Março de 1958 veio fornecer o apoio técnico e logístico à elaboração dos primeiros vinhos de Pegões. Numa primeira fase da sua existência a Cooperativa beneficiou de substanciais apoios financeiros e tecnológicos do sector estatal. Seguiu-se uma fase de ocupação e desequilibrio, consequente do processo revolucionário em curso ( 1975 – 76). Finalmente nos últimos 15 anos a Cooperativa empreendeu uma estratégia sistemática de modernização e estabilização financeira com o objectivo de melhorar e valorizar os vinhos da sua marca. Neste período a Cooperativa investiu cerca de 15.000.000€ para dotar a Adega com sistemas de vinificação e estabilização a frio, revestimento a “EPOXY” dos primitivos depósitos de cimento, complexo de cubas de INOX para fermentação com controle de temperatura, prensas de vácuo e pneumáticaas, modernas linhas de enchimento e rotulagem, ETAR, caves para estágio de vinhos com mais de 3.000 barricas, obras de beneficiação e conservação geral de edifícios e pavimentação dos acessos fabris. No plano da organização interna, avançou-se na informatização da empresa que, neste momento, está certificada na norma NP EN ISO 9001: 2000 e HACCP.
CASA ERMELINDA FREITAS. Dedica-se à produção de vinho desde 1920. Os 550 hectares de vinhas estão situados em Fernando Pó, uma zona privilegiada da região de Palmela, com 60% de Castelão, 20% de variedades tintas (como Touriga Nacional, Trincadeira, Syrah, Aragonês, Alicante Bouschet, Touriga Franca, Merlot, Petit Verdot, Pinot Noir, Petite Sirah, Carmenere ou Moscatel Roxo) e 20% de uvas brancas (como Fernão Pires, Chardonnay, Arinto, Verdelho, Sauvignon Blanc, Moscatel de Setúbal, Viosinho, Encruzado, Alvarinho, Pinot Grigio, Viognier, Vermentino e Gewürztraminer), perfazendo um total de 30 castas diferentes, que são exploradas anualmente na Casa Ermelinda Freitas.
ADEGA COOPERATIVA DE PINHEL. A Adega Cooperativa de Pinhel é uma organização que procede à vinificação das uvas fornecidas pelos seus associados. Utilizando os meios tecnologicamente mais evoluídos a ACP preserva a tipicidade e a qualidade dos vinhos da região. A Adega Cooperativa de Pinhel prestigia o sector através da contínua interação com os seus Associados, Colaboradores, Clientes e o Meio Social em que se insere. Desde tempos muito antigos que em Pinhel, e seu termo, se praticava a cultura da vinha e se produziam vinhos de alta qualidade; já nos princípios do ano 1500, o Rei D. Manuel I, o Venturoso, concedeu diversas regalias e privilégios em favor dos vinhos de Pinhel. Em 1942 e 1943, houve colheitas abundantes e não havia escoamento para a produção, foi então que a Junta Nacional do Vinho, recentemente criada, como organismo de Coordenação Económica, e que veio substituir a antiga Federação dos Vinicultores do Centro e Sul de Portugal, instalou em Pinhel uma caldeira móvel de destilação, acionada por uma geradora locomóvel, em que foram destilados milhões de litros de vinho e que veio resolver a crise gravíssima, que afetava os lavradores da Região, que viviam exclusivamente do rendimento do vinho.
ADEGA DE BORBA. A Adega de Borba posiciona-se como uma marca global e cosmopolita, com raízes num legado que ultrapassa largamente os seus 66 anos de história, capaz de responder às várias exigências dos mercados. Procura bem servir os consumidores, promovendo a notoriedade dos vinhos que produz, garantindo a sua qualidade, genuinidade e características do Terroir de Borba, no respeito da sustentabilidade ambiental e social que resulta do seu caráter cooperativo.