Os Vinhos
Divido os vinhos tranquilos – popularmente designados por vinhos de mesa – de acordo com a frequência de momentos de consumo que o seu preço, reflexo (relativamente proporcional) da qualidade e da quantidade produzida, permite. Todos os anos, durante os meses de Maio e Junho, provo, com a metodologia de prova cega, mais de 1500 vinhos que partilham entre si duas características: o seu preço de prateleira estar balizado entre 2 e 10 euros e se encontrarem em comercialização na moderna distribuição, prontos para entrar num carrinho de compras; a selecção das melhores classificações é editada em livro. Entretanto, durante o mês de Outubro provo, também em prova cega, cerca de 800 vinhos que a imensa maioria da produção nacional considera como as suas propostas de nível superior: os topos de gama. É também com base nos resultados (que serão publicados, durante o período de Natal, em formato electrónico neste meu site) que justifico as nomeações para os melhores vinhos e os melhores produtores de Vinhos de Calendário, ou seja, néctares que, devido à sua exclusividade e preço, merecem a escolha do consumidor de forma espaçada no calendário, muitas vezes como testemunhas de boas celebrações.
VINHO DE CALENDÁRIO
QUINTA DAS CEREJEIRAS
DOC Óbidos, Rosé, 2023, 95 Pts.
MOSCATEL GALEGO ROXO E CASTELÃO. Água média de topázio. Fragrante. Botão floral de rosa, citrinos em rebuçado, tropicalidade, mentas frescas. Sucroso, denso, muito fresco e lavante, desenhado para mesas exigentes, com aplauso seguro.
COMPANHIA AGRÍCOLA DO SANGUINHAL
TOP 25 DO NOVO GUIA COPO & ALMA “Melhores 302 Vinhos Portugueses 2025”
VINHO DIÁRIO
QUINTA DE SÃO SIMÃO DA AGUIEIRA
DOC Dão, Tinto, 2021, 92 Pts.
Jaen, Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Roriz. Granada intenso com tons violáceos. Tostados de especiaria doce e pimentas, fumos, notas peitorais de alcaçuz e caruma. Guloso cheesecake de frutos silvestres. Sucrosidade prazerosa em corpo revestido de taninos com desenho polido mas com vivacidade que a mesa aplaude. Qualitativo.
SOCIEDADE DOS VINHOS BORGES
DESTAQUE NO GUIA POPULAR DE VINHOS 2025. À VENDA NAS LIVRARIAS.
NOVO GUIA COPO & ALMA
“MELHORES 302 VINHOS PORTUGUESES 2025”
(POR ANÍBAL JOSÉ COUTINHO)
E eis que acaba mais um ano de enormes desafios.
2024 colocou-nos à prova, de modo diário, com uma sequência de eventos nacionais e internacionais de dimensão histórica. O impacto na economia global e na saúde mental da humanidade tem sido depressivo. No Dão, os incêndios anularam a história vitícola de Tavares de Pina. A França e a Alemanha, motores europeus e importantes mercados importadores de vinho Português, estão em crise. Trump foi eleito e com ele as barreiras protecionistas para o vinho nacional nos Estados Unidos. As guerras continuam e espalham-se por mais geografias.
Chegam, felizmente, notícias inspiradoras. […]
COOPERATIVA AGRÍCOLA SANTO ISIDRO DE PEGÕES. Foi o grande proprietário rural e industrial de cerveja José Rovisco Pais quem doou as suas herdades de Pegões aos Hospitais Civis de Lisboa. Nelas viria a ser executado o maior projecto de Colonização Interna com a fixação de centenas de casais agrícolas e a plantação de 830 hectares de vinha. A Cooperativa Agrícola constituída por Alvará de 7 de Março de 1958 veio fornecer o apoio técnico e logístico à elaboração dos primeiros vinhos de Pegões. Numa primeira fase da sua existência a Cooperativa beneficiou de substanciais apoios financeiros e tecnológicos do sector estatal. Seguiu-se uma fase de ocupação e desequilibrio, consequente do processo revolucionário em curso ( 1975 – 76). Finalmente nos últimos 15 anos a Cooperativa empreendeu uma estratégia sistemática de modernização e estabilização financeira com o objectivo de melhorar e valorizar os vinhos da sua marca. Neste período a Cooperativa investiu cerca de 15.000.000€ para dotar a Adega com sistemas de vinificação e estabilização a frio, revestimento a “EPOXY” dos primitivos depósitos de cimento, complexo de cubas de INOX para fermentação com controle de temperatura, prensas de vácuo e pneumáticaas, modernas linhas de enchimento e rotulagem, ETAR, caves para estágio de vinhos com mais de 3.000 barricas, obras de beneficiação e conservação geral de edifícios e pavimentação dos acessos fabris. No plano da organização interna, avançou-se na informatização da empresa que, neste momento, está certificada na norma NP EN ISO 9001: 2000 e HACCP.
CASA ERMELINDA FREITAS. Dedica-se à produção de vinho desde 1920. Os 550 hectares de vinhas estão situados em Fernando Pó, uma zona privilegiada da região de Palmela, com 60% de Castelão, 20% de variedades tintas (como Touriga Nacional, Trincadeira, Syrah, Aragonês, Alicante Bouschet, Touriga Franca, Merlot, Petit Verdot, Pinot Noir, Petite Sirah, Carmenere ou Moscatel Roxo) e 20% de uvas brancas (como Fernão Pires, Chardonnay, Arinto, Verdelho, Sauvignon Blanc, Moscatel de Setúbal, Viosinho, Encruzado, Alvarinho, Pinot Grigio, Viognier, Vermentino e Gewürztraminer), perfazendo um total de 30 castas diferentes, que são exploradas anualmente na Casa Ermelinda Freitas.
ADEGA COOPERATIVA DE PINHEL. A Adega Cooperativa de Pinhel é uma organização que procede à vinificação das uvas fornecidas pelos seus associados. Utilizando os meios tecnologicamente mais evoluídos a ACP preserva a tipicidade e a qualidade dos vinhos da região. A Adega Cooperativa de Pinhel prestigia o sector através da contínua interação com os seus Associados, Colaboradores, Clientes e o Meio Social em que se insere. Desde tempos muito antigos que em Pinhel, e seu termo, se praticava a cultura da vinha e se produziam vinhos de alta qualidade; já nos princípios do ano 1500, o Rei D. Manuel I, o Venturoso, concedeu diversas regalias e privilégios em favor dos vinhos de Pinhel. Em 1942 e 1943, houve colheitas abundantes e não havia escoamento para a produção, foi então que a Junta Nacional do Vinho, recentemente criada, como organismo de Coordenação Económica, e que veio substituir a antiga Federação dos Vinicultores do Centro e Sul de Portugal, instalou em Pinhel uma caldeira móvel de destilação, acionada por uma geradora locomóvel, em que foram destilados milhões de litros de vinho e que veio resolver a crise gravíssima, que afetava os lavradores da Região, que viviam exclusivamente do rendimento do vinho.
ADEGA DE BORBA. A Adega de Borba posiciona-se como uma marca global e cosmopolita, com raízes num legado que ultrapassa largamente os seus 66 anos de história, capaz de responder às várias exigências dos mercados. Procura bem servir os consumidores, promovendo a notoriedade dos vinhos que produz, garantindo a sua qualidade, genuinidade e características do Terroir de Borba, no respeito da sustentabilidade ambiental e social que resulta do seu caráter cooperativo.
Todas as Marcas Participantes nos Projectos W 2023
